Enviada em: 20/08/2017

O Brasil é um país que está envelhecendo. Isso é fato, como mostra pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre população brasileira: para 2050, a previsão é de que teremos 4 pessoas economicamente ativas para 1 aposentado, frente à proporção de 9 por 1 que temos atualmente.       A questão previdenciária, portanto, é e será cada vez mais recorrente ao país daqui em diante, pois o governo tem que, ao mesmo tempo, prover a aposentadoria de quem contribuiu a vida toda para o Brasil, mas também não pode gastar mais do que recebe, sob risco de causar um colapso financeiro e econômico.       Além desse ponto de vista orçamentário, temos o lado social, que é ou deveria ser a maior preocupação do governo, porque a aposentadoria, para a maior parte dos nossos "velhinhos", é uma fonte de subsistência, ou seja, com a remuneração recebida (geralmente um salário mínimo) mal dá para prover o próprio sustento com alimentação, moradia, transporte, saúde e lazer.        Ainda temos de refletir sobre a questão de gênero, em razão do passado/ presente patriarcal de nossa sociedade, em que a maioria das mulheres enfrenta a dupla jornada (trabalho e afazeres domésticos), sendo muito exaustiva, o trabalho rural, em que os trabalhadores, não raramente, são submetidos a condições deploráveis de labor, saúde e segurança, e as diferenças entre os tipos de trabalho: braçal, que desgasta mais o físico do cidadão, e intelectual, entre outros fatores.       Diante do exposto, a Reforma da Previdência se faz necessária visando um país mais equilibrado financeiramente e melhor para todos, porém, antes de mais nada, o governo deveria cobrar das empresas devedoras os débitos previdenciários não pagos e sonegados, cortar os gastos com comissionados, regalias como "auxílio-paletó" para juízes e a auditoria do pagamento da dívida do país, que corresponde a 51% do orçamento da União, muito maior do que o empenho para com a previdência.