Enviada em: 14/07/2017

O governo interino propôs uma série de reformas, entre elas, a mais criticada e já sancionada, a Reforma do Sistema Previdenciário tem como principais medidas o aumento do tempo de contribuição e uma idade mínima fixa para se aposentar. Tal transformação nesse sistema é necessária, porém, outras medidas devem ser tomadas para torná-la mais efetiva. Logo, é preciso analisar o que levou o governo a recorrer à essa reestruturação e, ainda, o que leva à necessidade de que outras providências sejam tomadas simultaneamente.     Em termos relativos à previdência, dois grupos cabem ser analisados: ativos, ou seja, jovens e adultos que fazem a força de trabalho de uma economia e os inativos de maioria idosa e infantil que não possui renda e vive da produção dos citados anteriormente. Se, por um lado, o aumento da expectativa de vida é um bom índice de desenvolvimento para um país, por outro, esse efeito vem invertendo a pirâmide etária brasileira. Consequentemente, se intervenções não forem feitas, a razão de dependência, isto é, a razão entre inativos e ativos pode aumentar mais ainda e, assim, acrescer o déficit nas contas previdenciárias. Por isso tudo, a modificação desse sistema é essencial.      No entanto, se desempregadas, as pessoas não terão renda para contribuir para a aposentadoria. E é nesse estado que, segundo a Pnad Contínua, encontram-se mais de 13 milhões de brasileiros. Vivendo a pior recessão da história, o Brasil passa por uma crise que, não necessariamente se iguala a de 1929 nos Estados Unidos, mas que afetou bastante o ritmo de gasto de seus habitantes. Como em um ciclo, se não há dinheiro para compra, não há consumo e sem a principal fonte de sucesso do capitalismo não há necessidade de produzir e, assim, várias pessoas são demitidas e vêem-se desempregadas.       Em síntese, a reforma previdenciária é imprescindível, todavia, para torná-la mais efetiva é vital que hajam oportunidades de trabalho. Nesse sentido, é oportuno que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços incentive que grandes empresas e industrias se instalem no Brasil, já que há mão-de-obra. O Ministério da Educação deve, ainda, em parceria com o Ministério do Trabalho, elaborar e por em prática programas que capacitem trabalhadores para diversos ofícios e, principalmente, os que envolvam tecnologia, posto que é a grande aposta para o mercado de trabalho futuro. Com essas medidas, a Reforma da Previdência seria mais eficiente e a crise poderia ser superada mesmo sem um "New Deal" ou um Franklin Roosevelt à frente do país.