Enviada em: 16/07/2017

Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade. Esse pensamento de Aristóteles se encaixa perfeitamente à questão da previdência social brasileira, visto, a diversidade social e econômica do país. Por isso, o governo deve levar em consideração uma séria de características ao reformar o sistema.     A reforma da previdência é uma realidade de praticamente todos os países desenvolvidos ou em processo de desenvolvimento, uma vez que, nesses países ocorre a inversão da pirâmide etária, ou seja, o número de nascimentos cai, o de idosos cresce e a população economicamente ativa se torna insuficiente para manter os gatos com a aposentadoria. Deve-se isso ao aumento da expectativa de vida, aos avanços da medicina e a prioridade que se dá aos estudos e a vida profissional.     No entanto, fazer reformas não é uma tarefa simples. Principalmente, no Brasil, devido a diversidade de realidades sociais e econômicas do país. Por exemplo, a média da expectativa de vida de Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina são muito maiores comparadas as de Pernambuco e Pará. É, também, diferente o estado físico e psicológico em que se encontra aos 65 anos um trabalhador rural, professor ou policial ao de um empresário.     Portanto, é necessário sim reformar o sistema previdenciário brasileiro, porém, deve-se levar em conta as diferentes condições de vida da população. Para isso, o governo deve, a curto prazo, criar leis que flexibilizem a idade mínima de aposentadoria de acordo com o trabalho do cidadão. E a longo prazo, fazer com que a realidade social e econômica do país sejam mais igualitárias, através, principalmente, do investimento na educação pública.