Enviada em: 23/08/2017

Crise previdenciária. Aposentadoria atrasada. Instabilidade política. Reformas "barradas" pela oposição. Essas situações, atualmente, são causadas pelo sistema previdenciário, que é falho, deficitário e agrava as desigualdades.   Em primeiro lugar, convém lembrar quais são as causas do déficit, assim como suas consequências. Todo o esquema de previdência social nacional funciona como uma pirâmide, em que os que estão próximos à base sustentam os que estão próximos ao topo, ou seja, os jovens sustentam os idosos, porém, com a diminuição da natalidade e o aumento da expectativa de vida, essa pirâmide fica distorcida, tendo um número menor de pessoas pagando e um número maior de indivíduos recebendo aposentadoria, o que causa a crise previdenciária, forçando o governo a fazer reformas radicais, aumento de impostos e redirecionamento de verbas, o que agrava os problemas sociais.    Entretanto, além de ser deficitária, a previdência auxilia e evidencia a desigualdade entre regiões. Pessoas do Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo tendem a viver por mais tempo, por estarem em regiões mais desenvolvidas, ao contrário das pessoas que estão em regiões pobres, que acabam vivendo menos, logo, o indivíduo de locais com Altos IDH's recebem aposentadoria por mais tempo, em certos casos, uma quantia maior do que aquela que foi contribuída, enquanto o cidadão de outros locais não ganha essa vantagem, o que acaba evidenciando a desigualdade e beneficiando apenas as pessoas que vivem nos melhores Estados da República.   Fica nítido, portanto, a existência de problemas acerca do sistema previdenciário brasileiro, contudo, o mesmo pode ser resolvido desde que o Governo e o cidadão tomem as decisões corretas. De início, o Estado poderia devolver, através de um cálculo econômico, o dinheiro contribuído da previdência aos respectivos donos, o que resolveria o problema de crise na aposentadoria e a necessidade de reformas. A partir disso, o indivíduo não precisará pagar o falho sistema previdenciário público e deveria planejar a sua "própria reserva e aposentadoria", o que daria mais liberdade ao cidadão de escolher a quantidade de verba e quanto tempo duraria em sua reserva, o que evitaria o problema de "aposentados não pagos".