Enviada em: 15/10/2017

O Rio de Janeiro sediou os Jogos Olímpicos de 2016 (Rio 2016), primeira sede na América do Sul, com bons resultados quanto a mobilidade urbana e insuficiência no legado ambiental. Evidencia-se que em Sydney 2000, o investimento em meio ambiente deu resultados como o maior parque metropolitano do país, diferentemente do Brasil. Nessa perspectiva, identifica-se que, por um lado o Rio 2016 atingiu a mobilidade e por outro deixou lacunas no legado ambiental.           Inicialmente, percebe-se uma melhoria na mobilidade devido a construção de linhas metroviárias especialmente na Gávea, na expansão de vias para os transportes rápidos de ônibus e na aderência dos trilhos para os veículos leves sobre trilhos. Desse modo, ocorre a ampliação dos meios de condução e proporciona maior agilidade as vias o que resulta em um melhor trânsito, um desenvolvimento urbano e menos estresse.             Em seguida, observa-se que as promessas ambientais não foram cumpridas, pois a ausência de recursos do Estado, bem como de licenças tornaram-se as principais justificativas do não cumprimento do legado. Certamente, o objetivo primordial era a água que devido ao excesso de esgoto sem tratamento e ao lixo tem causado assoreamento e a mortalidade das lagoas e da fauna dessas. Por exemplo, em 2015 uma tonelada de peixes mortos foram encontrados nas águas da lagoa de Jacarepaguá, por causa do excesso de matéria orgânica.               Logo, cabe ao Governo investir recursos financeiros e uma adequação dos projetos para o desassoreamento e a recuperação das lagoas, por exemplo, um programa que integre todas as prefeituras a fim de reduzir a poluição como a construção de maiores estações de tratamento no intuito de não lançar mais matéria orgânica nas lagoas e a plantação de manguezais para filtrar naturalmente esses locais. Além disso, o Rio de Janeiro é reconhecido como patrimônio mundial da Humanidade-paisagem cultural, assim sua revitalização é fundamental.