Enviada em: 03/10/2018

Após séculos desde invenção na idade média da prensa móvel - máquina desenvolvida possibilitando a impressão - , a propagação de notícias foi muito facilitada, possibilitando o alcance de grande número de pessoas. Por conseguinte, a imprensa assumiu seu papel social como veículo informativo, tornando o jornalismo a maior fonte de informação. Entretanto, após o avanço de novas tecnologias, as redes sociais têm assumido papel importante no que tange à comunicação, tendo em vista a possibilidade o grande alcance individual.    Convém ressaltar, a princípio, que embora a socialização da notícia tenho sido positiva para a democratização do acesso à informação, a aparente letargia no interesse pela comprovação dos fatos veiculados é evidente e extremamente nociva à segurança. Como prova, nos Estados Unidos, uma notícia falsa publicada em 1998 alegava que a vacinação poderia causar autismo nas crianças. Tal alegação, ainda que falsa e comprovadamente errônea pela comunidade científica, serviu de base para que milhares de pais se sentissem inseguros em vacinar seu filhos. Em consequência disso, doenças antes erradicadas no país foram reportadas e se põem como uma atual ameaça à saúde.       Outro aspecto da problemática é a frequente ocorrência difamação intencional, com intuito de prejudicar pessoas físicas ou empresas. É possível o reconhecimento de tais estratégias nas eleições presidenciais no Brasil, visto que, como forma de ataque aos posicionamentos e ideias contrárias, notícias que ferem a integridade dos candidatos são amplamente divulgadas por pequenas páginas ou perfis privados nas redes sociais. Dessa forma, aliando a informação irreal à títulos sensacionalistas e chocantes, o compartilhamento é numeroso e tem efeitos quase irreversíveis, dado que a retratação dos candidatos não atinge o mesmo número de pessoas.           Em síntese, depreende-se que medidas são necessárias para a contenção dos efeitos causados por tais informações. Fundamentalmente, o Ministério da Comunicação deve desenvolver campanhas, com jornalistas profissionais exemplificando a importância da comprovação das fontes nas notícias, com a veiculação em rádios, redes sociais e redes de televisão, com o fito de incentivar o compartilhamento somente de páginas e pessoas confiáveis,  aconselhando que os cidadãos evitem o sensacionalismo e notícias absurdas. Por conseguinte, será dever social de cada indivíduo a fidedignidade das informações que veicula, assim como o uso da denúncia de propagação de informativos falsos, que será enviada para a avaliação da rede social. Com tais medidas, a democratização informativa será efetiva, pontuando mais um importante passo do desenvolvimento na comunicação iniciada pelo legado de Gutenberg.