Enviada em: 28/10/2018

Fontes desconhecidas           Na metade de 2014, o país passou por um período alarmante quando Fabiane, mãe de dois filhos, foi linchada até a morte sob a falsa suspeita de sequestro de crianças, no Rio de Janeiro. O choque gerado, na época, mostrou as consequências que boatos podem trazer para o dia a dia. O crescente número de usuários das redes sociais, porém, revela que o número de mentiras circulando tende a aumentar. Dessa forma, é preciso enxergar maneiras de maximizar a conscientização da população acerca do compartilhamento de informações na internet e minimizar o número de farsas compartilhadas.           Em um primeiro plano, deve-se entender que o aumento de usuários virtuais no país gera uma série de problemas no tocante ao repasse de fatos. Segundo dados de Empresa de Pesquisa Ipsos, 23% das pessoas no Estado Unidas utiliza o Facebook como fonte de informações, sendo que 83% desses acreditam em notícias falsas. Nesse sentido, a verificação de fontes para a transmissão de dados, no país, que já não é o ideal, torna-se ainda mais precária quando boa parte da população está conectada e inconsciente das responsabilidades que possui ao vincular informações na internet. Para amenizar tal quadro, sites como o E-farsas vêm tentando ao máximo controlar a veracidade de fatos difundidos, conhecidos como "Fake News", apresentando provas confiáveis de que tais informações são inverdades.             Entretanto, ainda que haja quem se preocupe com a qualidade das informações, a velocidade que informações são compartilhadas faz com que suas fontes se percam em meio a tantos compartilhamentos. Conforme o Ministro da Propaganda do próprio de Hitler, Joseph Goebbels, "Uma mentira dita mil vezes se torna uma verdade", ou seja, quanto mais se ouve falar em uma falsa informação, mais fácil é aceitá-la. Para amenizar tal quadro, o Senado Federal disponibiliza dicas, em seu site oficial, para diminuir as chances de cair em tais falcatruas, tais como a confirmação da fonte e a fuga do alarmismo. Afinal, não basta desmentir notícias se as pessoas não sabem por onde começar sua investigação.             Torna-se evidente, portanto, que as pessoas precisam filtrar de forma consciente quaisquer notícias que recebam, seja de pessoas conhecidas ou dos veículos padrões de comunicação. Com esse objetivo, além das medidas anteriormente citadas, a inserção de uma disciplina sobre comunicação e cuidados no meio digital na grade curricular das escolas ajudaria a formar cidadãos mais conscientes dos riscos que as "Fake News" e o compartilhamento de informações não verificadas possuem, sendo dever do Ministério da Educação e Secretárias Municipais a formação de um corpo docente para esse fim, na educação. Só assim o país enfim se verá livre do problema da circulação de inverdades nos meios digitais e casos como o de Fabiane serão, por fim, cessados.