Enviada em: 21/04/2019

O mau usuário da internet não tem responsabilidade virtual e através do anonimato ou de perfis falsos publica, compartilha e curte fake news e mentiras as quais geram desinformação e violência não só nas redes como na vida offline também. Um internauta que demonstre interesse por notícias de um determinado site, por meio de seu histórico de navegação, as redes sociais fazem com que cada indivíduo receba conteúdos e opiniões que mais lhe agradam e interessam, deixando de mostrar ideias divergentes. Isso favorece o surgimento das bolhas virtuais que são um problema principalmente quando o usuário não identifica que suas fontes de informação são sensacionalistas ou propagadoras de fake news. Consequentemente, a pessoa fica predisposta a compartilhar conteúdos que confirmem apenas suas crenças e pontos de vistas mesmo que esses sejam parciais ou equivocados.  Além disso, através do anonimato e do perfil fake o usuário da internet pode disseminar mentiras, boatos e ofensas sobre outras pessoas alimentando o sentimento de intolerância, ódio e violência. Em 2014, na cidade de Guarujá, São Paulo, Fabiane Maria de Jesus foi confundida pelos vizinhos com um retrato falado de uma suspeita de sequestros de crianças. Essa imagem foi divulgada em uma rede social e os vizinhos de Fabiane a espancaram até a morte. Assim, uma pessoa, sem responsabilidade virtual, através de uma publicação que foi assimilada por um grupo sem discernimento resultou em um assassinato de uma pessoa inocente. Portanto, deve-se exercer um olhar cético para as informações contidas nas redes. Para tanto, desde o ensino fundamental, os professores devem escolher algumas aulas para mostrarem uma fake news que esteja vigente na atualidade e mostrar com quais critérios o aluno deve discernir aquela informação: verificar a fama do site e se ele é utilizado como fonte de pesquisas e artigos sérios, analisar se o conteúdo é sensacionalista, ler a informação de modo cético verificando opiniões divergentes de especialista sobre o assunto. Assim, os alunos devem ser motivados a pensar sobre as consequências do que se curte, compartilha e publica na internet.