Enviada em: 16/03/2017

No século vigente, o mundo globalizado atravessou diversas barreiras alusivos a comunicação, e consequentemente introduziu na sociedade brasileira o fenômeno da polarização, termo específico das Ciências Sociais que refere-se à discussão de ideias ou pensamentos. Nesse âmbito, a facilidade de acesso às mídias informativas contribuiu de forma considerável para a viralização do conteúdo hospedado nas redes sociais e até mesmo em fontes reconhecidas de informação, que fazem publicações ausentes de comprovação dos fatos. Essa necessidade de disseminação de conteúdo mostra-se prejudicial à pessoas públicas ou empresas multinacionais, que sofrem acusações, envolvem-se em polêmicas ou acabam com sua notoriedade prejudicada.    Ao divulgarem um conteúdo, os jornais impressos eram submetidos à rigorosas análises de veracidade, de modo a obterem a credibilidade dos leitores. Atualmente, com o uso frequente da internet, as notícias são visualizadas em sites, canais no Youtube e por meio das redes sociais. Isso possibilita qualquer cidadão a agir como um jornalista ou escritor genuíno.     O almejo por visualizações, comentários ou compartilhamentos faz com que surjam artigos polêmicos, difamadores ou com manchetes sensacionalistas, destinadas à geração de receita de publicidade online, conhecidas como "clickbait", termo utilizado para "isca de cliques". Algumas promoções e correntes que devem ser repassadas via Facebook, por exemplo, constituem também a categoria de informações falsas, e levam milhares de pessoas a acreditarem, sem fazerem uso do ceticismo.    Ainda que provido de boas intenções, compartilhar informações incertas na web pode acarretar problemas às vítimas e ao usuário, que pode ser processado por injúria e danos morais. Como medida corretiva, é preciso divulgar-se, por meio das mídias sociais já existentes, as maneiras de reconhecer uma inverdade: gramática incorreta, informações vagas ou absurdas, ausência de fontes ou evidências e tons alarmistas, para que o cidadão seja impulsionado a verificar o que está lendo. Órgãos fiscalizadores, inclusive dentro das redes sociais devem trabalhar na vigilância da origem desses boatos, excluindo automaticamente postagens que se pareçam com o indicado, e punindo adequadamente os usuários, com a suspensão de suas contas ou ainda com a proibição de compartilhamentos, ainda que temporária, a fim de evitar a disseminação do conteúdo.