Enviada em: 23/10/2017

A internet, surgida na Guerra Fria para fins militares, proporciona, atualmente, a chance de que pessoas comuns tenham voz na sociedade. Todavia, a possibilidade que qualquer pessoa conectada possui de espalhar variadas notícias pela rede tem trazido à realidade o compartilhamento de notícias falsas. Tal fato deve-se, principalmente, a uma sociedade ainda com baixo senso crítico e ao alarmismo da população, devido ao cenário político e econômico atual.     Primeiramente, é válido observar a falta de verificação da notícia no Brasil. A baixo qualidade educacional contribui para que, no pais, muitas pessoas recebam informação de forma passiva, sem buscar a veracidade dos fatos. Além disso, a grande facilidade digital provoca, hodiernamente,  um exorbitante acesso às notícias por parte das pessoas, deixando-as sem tempo para que se aprofundem e reflitam a respeito dos temas apresentados. Tal problema fez com que uma mulher de um bairro de São Paulo fosse linchada até a  morte em 2014, após notícia falsa na internet.      Outro ponto, deve-se a conjuntura político-econômica brasileira. É um fato que nas redes sociais há uma grande guerra de ideias, na qual a maioria dos indivíduos buscam "vencer" quem pensa diferente, em vez de promover debates saudáveis em que todos evoluam. Nesse sentido, esses locais tornam-se ambientes perfeitos para a propagação de noticias falsas, como nas eleições presidenciais norte-americanas, em que houve exacerbada quantidade de notícias irreais com interesse político.      Sendo assim, depreende-se o poder destrutivo das chamadas "fake news". Portanto, o Ministério da Educação deve levar às escolas palestras e campanhas que disseminem o debate, para que os alunos criem senso crítico quanto ao uso das redes sociais e levem isso para toda a sociedade. Em consonância, agências de checagem de informações, que analisam as notícias, devem ser divulgadas amplamente, para que todos tenham acesso aos fatos reais. Assim, tal empecilho poderá ser mitigado.