Enviada em: 14/06/2018

Nos últimos anos no Brasil, o uso de drogas por parte dos jovens aumentou consideravelmente, segundo dados do IBGE. Assim, sejam elas lícitas ou ilícitas, é notório que esses entorpecentes permeiam o cotidiano dos adolescentes e adultos. Neste sentido, ainda que o consumo de narcóticos seja um problema que afeta gerações inteiras, existe maior preocupação com a fase juvenil, haja vista que o uso está começando cada vez mais cedo. Por isso, faz-se necessário analisar os motivos que facilitam a difusão dessas substâncias, bem como os riscos gerados por elas. Desse modo, será possível buscar soluções para combater esse hábito nocivo.     De acordo com dados fornecidos pela ONU e OMS, o Brasil é o segundo consumidor de cocaína do mundo e a população mais deprimida da América Latina, o que justifica o aumento de 74% no uso de antidepressivos, que causam dependência quando usados irregularmente. Sendo assim, há que se analisar os motivos das drogas e fármacos serem amplamente difundidos e de fácil acesso. Sob esse viés, uma das razões relaciona-se com o tráfico de drogas que atua em diversos lugares sendo disponibilizado aos jovens, sem maiores restrições. Outro motivo, é a facilidade de se obter remédios antidepressivos, que conjugados com o álcool podem causar efeitos prejudiciais. Mesmo que haja a exigência de prescrição, existem muitos lugares clandestinos e até regulares que vendem medicamentos sem maiores controles, promovendo o maior acesso desses remédios aos jovens.     Outro importante ponto ponderável, se trata dos riscos causados pelo consumo de drogas. Nesta perspectiva, a Sociedade Brasileira de Pediatria informou que os principais efeitos nocivos, além da evidente dependência química, são sequelas neuroquímicas, déficit de memória e retardo no aprendizado. Entretanto, o maior risco considerável é o país possuir nas gerações futuras, adultos problemáticos e incapazes de se desenvolver pessoal e profissionalmente. Ademais, corre o risco do Estado ter que arcar com os tratamentos, já que essa questão é um problema de saúde pública e tende a piorar.     Fica claro, portanto, que o problema é grave e bem complexo. É preciso, então, que os Governo atuem de forma estratégica para combater o tráfico de drogas no país, aumentando a fiscalização nas fronteiras, a fim de diminuir a entrada das drogas. Ademais, o Ministério da Saúde com as escolas poderiam realizar palestras com médicos e ex-dependentes, para debater com os alunos sobre os efeitos lesivos das drogas, bem como informar os locais que auxiliam no tratamento dos dependentes. Talvez estas medidas promovam maior conscientização entre os jovens, afastando-os desse hábito.