De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com adolescentes entre 13 e 15 anos, 70% deles já experimentaram bebida alcóolica e 10% já usaram outras drogas ilícitas. Esses dados mostram o quanto o consumo do álcool e de outras substâncias cresce entre os jovens. O uso cada vez mais frequente de bebidas alcóolicas entre os jovens se deve, sobretudo, ao fato do consumo do álcool ser aceito e até estimulado pela sociedade. A bebida por ser lícita acaba parecendo inofensiva até mesmo para os pais, que não enxergam o mal que ela oferece para seus filhos, que passam a consumí-la precocemente, muitas vezes começando a tomar os primeiros drinks com a família. Essa permissividade dos pais em oferecer bebidas alcóolicas para os jovens, faz com que eles se sintam livres e encorajados a beber com os amigos, consumindo em quantidades maiores, o que pode levá-los a também experimentar outras drogas ilícitas para se sentirem parte do grupo. Além disso, muitas propagandas estão voltadas a esse público, assim como músicas, principalmente o sertanejo e o funk, que pregam que a bebida alcóolica faz as pessoas esquecerem de seus problemas, aproveitando melhor qualquer festa. Essa visão então, está presente na vida dos jovens e assim, para que as "saídas" se tornem mais divertidas, eles se reúnem sempre para o que chamam de "esquenta", ou seja, para beberem e já chegarem nas festas alcoolizados, sendo que para eles só terá graça se fizerem dessa maneira. Por tudo isso, é necessário que o Ministério Público reforce a fiscalização em estabelecimentos que vendem bebidas alcóolicas, essencialmente, bares e baladas, para que os menores de idade não tenham acesso ao consumo. Além disso, a escola deve promover palestras para pais e alunos com profissionais da área da saúde informando sobre os riscos do uso precoce do álcool. Por fim, a mídia deve barrar propagandas e músicas que estimulem o uso de bebidas alcóolicas e outras drogas.