Segundo a filósofa alemã Hannah Arendt em "A banalidade do mal", o pior mal é aquele visto como algo corriqueiro e cotidiano. Sob essa ótica, ao observar-se os riscos causados pelo aumento do consumo das mais diversas drogas pelos jovens, no Brasil, percebe-se que o pensamento de Hannah é constatado tanto na teoria quanto na prática e a problemática segue intrínseca à realidade do país. Nesse sentido, a pouca atenção familiar atrelada à má influência das companhias provocam obstáculos. A priori, a falta de atenção da família é um óbice. Segundo a Secretaria de Saúde , 57 % dos reabilitados alegaram que a insuficiente fiscalização familiar foi fator fundamental para a sua entrada no mundo do álcool e dos alucinógenos. Nesse contexto, é notório o importante papel parental no rumo desses jovens em suas respectivas vidas. Nessa lógica, para o pensador Sean Wilhelm, a influência da família está diretamente ligada com o a direção tomada pelos adolescentes em suas vidas. Outrossim, as más amizades também causam barreiras. Em uma pesquisa da Universidade de São Paulo , 45 % dos ex - usuários afirmam ter utilizado sua primeira substância entorpecente por influição de amigos ou pessoas próximas. Nesse ínterim, fica evidente o cuidado que os próprios adolescentes devem ter com as pessoas que os circundam. Nessa égide, para a escritora Cristina Tormena, as más influências proporcionam a ida de bons indivíduos para o abismo. Infere-se, portanto, que o Ministério da Educação, juntamente com as Secretarias Municipais devem, por meio de impostos, financiar eventos que tenham, por intuito, demonstrar, da melhor maneira possível, o papel fundamental da família na formação do indivíduo como cidadão e os efeitos negativos da desatenção da parentela. Ademais, o Conselho Nacional de Educação deve, por meio de profissionais qualificados, disponibilizar palestras que tenham , por finalidade, demonstrar aos jovens as consequências causadas pela péssima índole de seus companheiros. Dessa forma, o impasse será revisto e minimizado.