Enviada em: 20/10/2017

Convive-se diariamente com as consequências do consumo de álcool e de outras drogas entre os adolescentes no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 10% desses jovens já usaram substâncias ilícitas e 32% já tomaram a primeira dose de bebida alcoólica antes dos 13 anos. Diante dessa conduta, os adolescentes estão sujeitos a vários riscos, dentre alguns, vale salientar o dano causado à saúde mental e a dificuldade de concluir os estudos na idade apropriada.      Durante a adolescência, quando a aceitabilidade social é a meta de muitos jovens, a exibição por meio do alto consumo de bebidas alcoólicas é bastante comum. Com efeito, apesar do álcool ser uma droga lícita, ele atua semelhante a outros entorpecentes, de modo que altera o funcionamento do cérebro e posteriormente desequilibra a fisiologia do corpo. Ademais, o cérebro de um jovem ainda está em processo de formação e de expansão, de maneira que se encontra vulnerável na presença de substâncias alucinógenas e entorpecentes capazes de modificar irreversivelmente o funcionamento dos neurônios.        Para agravar o quadro, o consumo demasiado e precoce do álcool pelos adolescentes estimula a experimentação de outras drogas mais nocivas, como a maconha e o crack. Evidentemente, essa ocorrência aumenta a probabilidade do indivíduo se tornar um dependente químico mais cedo. Consequentemente, ele não só prejudicará a sua saúde quanto sua vida social e, sobretudo, sua escolaridade. Isso porque, dentre outros fatores, o jovem terá de passar por um processo de desintoxicação do organismo para tratar o vício, o que demandará um certo tempo. Desse modo, inevitavelmente, ele se afastará da escola e atrasará os seus estudos.       Portanto, é necessário combater o uso das drogas pelos adolescentes a fim de evitar esses riscos. Para tanto, o Ministério da Saúde, junto ao Ministério da Educação devem investir em campanhas educativas, nas quais profissionais, como médicos ou psicólogos, possam visitar escolas e reunir jovens adolescentes para elucidar a questão das drogas e suas consequências. Além disso, o Supremo Tribunal Federal deve repensar num novo projeto de lei capaz de intensificar a fiscalização da venda de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, e aumentar a punição para aqueles que comercializam, ou oferecem drogas para os de menoridade. Dessa maneira, o consumo desses entorpecentes diminuirá, assim como os seus efeitos.