Enviada em: 04/10/2017

No livro "Noite na Taverna", do autor Álvares de Azevedo, narra-se as aventuras de jovens boêmios em meio à tragicidade de seus relatos. Toda-via, o devaneio descrito não se restringe apenas ao conto byroniano, uma vez que o consumo demasiado, entre jovens, de álcool e de certas drogas, preocupa pelo apelo midiático e social, além do tráfico de entorpecentes. Logo, ações sólidas ao risco do uso excessivo desses tornam-se cruciais.          Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, a felicidade almejada através do consumo é infindável e gera insatisfação constante. Com isso, a ingestão crescente de bebidas alcoólicas, na juventude,está associado ao status e à maturidade, em relação aos demais, e aliado ao consentimento de alguns responsáveis. Além disso, a mídia persuasiva, as exposições nas redes sociais e as chamadas "festas open bar" fomentam esses casos. Prova disso, conforme o IBGE, cerca de 70% dos jovens, entre 13 e 15 anos, já consumiram etílicos, apesar da venda à menores de 18 anos ser proibida.        Outrossim, o uso vertiginoso de drogas ilícitas na adolescência é preo-cupante, visto que dinamiza o tráfico dessas no país. Dessa forma, o acesso à entorpecentes, como LSD, crack, cocaína e ecstasy, é facilitado pelo mercado negro, que tem nas fronteiras nacionais desprotegidas a principal via de entrada. Contudo, o debate sobre a legalização da maco-nha no Brasil, como estratégia de findar o contrabando dessa, é discutível, já que o exemplo do Uruguai não apontou redução no comércio ilegal.        Diante desse cenário, para reduzir o consumo ascendente de drogas lícitas e ilícitas, é imprescindível, aos gestores municipais, a limitação no horário de comercialização de bebidas alcoólicas, sob pena de multa e perda do alvará do estabelecimento. Ademais, o trabalho mútuo entre Secretaria da Saúde e escolas, no intuito de conscientizar os jovens sobre os malefícios dos entorpecentes, por palestras e worshops, é substancial. Por fim, a parceria entre as Polícias Federais do Mercosul com o propósito de incrementar a fiscalização nas fronteiras, por meio de mais contrata-ções  de vigilância, são viés úteis a um novo "conto juvenil" no país.