O consumo de álcool e drogas, infelizmente, é uma realidade dos adolescentes no mundo atual. Com seu número aumentando a cada vez mais, suas principais causas são a mudança na estrutura familiar e o estímulo que os meninos e meninas sofrem pela mídia constantemente. Por causa da efemeridade das relações causadas pela modernidade líquida de Zygmunt Bauman, a estrutura da família moderna se torna um fator responsável pelo aumento do consumo de drogas lícitas e ilícitas pelos jovens. Isso porque, muitas vezes, esses são órfãos de pais vivos e os laços de confiança e afeto advêm de agentes externos, o que dá a possibilidade do indivíduo ser influenciado por eles. Segundo estudos citados no Guia de Orientação, quase 40% dos adolescentes brasileiros experimentaram álcool entre 12 e 13 anos, sendo estimulados, em sua maioria, por conhecidos que já bebem ou usam drogas. Somado a isso, sabendo que nessa idade muitos jovens sofrem pela necessidade de aceitação, autoafirmação e baixa autoestima - segundo a Sociedade Brasileira de Psicologia -, colaboram ainda mais para utilização desses entorpecentes a facilidade de acesso e as propagandas sobre os mesmos. Isso por que, publicidades envolvendo esses assuntos, principalmente bebidas alcoólicas, associam seu uso a prazer, sucesso, beleza e poder. Consequentemente, muitos buscam nesses produtos os falsos benefícios que lhe são mostrados frequentemente. Diante dos fatos supracitados, fica evidente a necessidade de combater esse problema. Para tal, entidades como o Ministério da Saúde, responsável pelas políticas públicas voltadas para a assistência à saúde dos brasileiros, deve atuar, juntamente com a Anvisa, na proibição de propagandas que estimulem o uso das drogas lícitas. Além disso, a OMS pode usar a mídia para promover campanhas, difundidas por meio das publicidades em horário nobre, que tenham como público alvo os pais, para que fiquem atentos aos cuidados que devem ter com seus filhos, para que, assim, diminua o consumo de álcool e drogas entre o público juvenil.