Enviada em: 02/10/2017

No Brasil, o aumento do uso de substâncias psicoativas como bebidas alcoólicas e drogas tornou-se preocupante. Segundo o IBGE, mais da metade dos jovens já utilizaram algum tipo de entorpecente. Nesse contexto, é importante considerar que a indústria cultural e a mentalidade hedonista da população são causas que contribuí para essa realidade. Diante disso, vale ressaltar que os efeitos nocivos causados pelo uso exagerado desses psicoativos não possuem a notoriedade que merece.     Na sociedade contemporâneo muitas músicas, seriados e filmes que são produzidos, principalmente, para o público juvenil fazem apologia a alguma substância química prejudicial. Isso pode ser observado, pois segundo estudos realizados por universidades, 85% das músicas sertanejas abordam o uso do álcool sem ressaltar as consequências negativas. Ademais, existem seriados como, por exemplo, "Breaking Bad" que apesar de não glamorizar o uso da droga pode incitar a curiosidade do público alvo e, indiretamente, contribuir para o aumento de usuários. Desse modo, essas influências refletem um comportamento social e ajudam a naturaliza-lo. Logo, os riscos a saúde, tais como: doenças psiquiátricas, degeneração de neurônios e outras complicações, as quais as pessoas submetem-se ao utilizar esses compostos tornam-se secundários. Sendo assim, essa questão configura-se como um problema de saúde pública.        Além disso, convém salientar que muitos indivíduos buscam o prazer como o único propósito de vida, desse modo, as consequências se tornam irrelevantes. Todavia, como afirmado por Epicuro, muitos prazeres trazem consigo maior número de males, e a utilização de substâncias alucinógenas enquadra nessa realidade. Isso ocorre, pois além de gerar disfunções fisiológicas, o uso de drogas e bebidas alcoólicas possuí uma forte relação com outros problemas sociais, por exemplo, acidentes no trânsito, violência urbana, desestruturação de famílias. Nessa perspectiva, é notável que os indivíduos viciados causam desordem na sociedade.       Dessa forma, portanto, percebe-se que o desenvolvimento saudável da população de jovens tem sido negligenciados. Logo, programas similar ao PROERD (programa educacional de resistências as drogas) poderia ser criado pelo governo federal para ser implantado no ensino médio e universidades. Outrossim, o Ministério da saúde deve criar o mês do combate as drogas e bebidas alcoólicas, nesse período aumentaria a divulgação dos malefícios causados por essas substâncias e incentivaria os dependentes a procurarem programas de reabilitação.