Enviada em: 12/10/2017

Nos últimos anos tem sido perceptível um problema cultural muito comum entre os jovens e neglicenciado pela sociedade: a ingestão de álcool e consumo de drogas cada vez mais cedo. Entre as principais razões para a ocorrência desse grave impasse estão a facilidade de acesso a essas substâncias, ao comportamento impulsivo e a influência de amigos. Nesse sentido, é urgente que haja uma maior interferência do Estado e da família a fim de reduzir esse lamentável quadro e minimizar os riscos aos quais os jovens estão expostos.   De acordo com a classe médica o consumo precoce de bebidas alcoólicas aumenta as chances do indivíduo se tornar dependente químico na vida adulta.Ao analisar alguns aspectos sociais, verificam-se que os adolescentes têm o primeiro contato com o álcool por uma série de fatores, como: a impulsividade nessa faixa etária, o ambiente familiar conturbado, a forte influência dos amigos e principalmente a necessidade de vencer a timidez, uma vez que a substância bloqueia a inibição. Somado a isso,há um grande estímulo da mídia, pois é utilizado um poderoso "marketing" que associa o uso da bebida à obtenção do prazer, da beleza, do poder e da aceitação social. É importante salientar que a ausência de fiscalização facilita a compra dessas bebidas.   As consequências da ingestão de álcool são de grande relevância na vida dos jovens. Em primeiro lugar, por causa de o cérebro do adolescente ainda estar em processo de desenvolvimento, o consumo dessa droga altera o funcionamento correto dos neurotransmissores, o que prejudicam as relações interpessoais, a capacidade de memória, de aprendizagem, além de colaborar para o surgimento de problemas emocionais. Em segundo lugar,essas pessoas podem sofrer acidentes automobilísticos e tendem a adotar comportamento de risco, como a atividade sexual desprotegida e a agressividade. Vale lembar também que o álcool é considerado a porta de entrada dos jovens para as outras drogas ilícitas, como maconha e cocaína.   Desse modo, para alterar e reduzir esse cenário de consumo precoce de álcool, o Governo deve investir em políticas de saúde pública, através do aumento de fiscalizações periódicas em bares e festas abertas a esse público. Também deve elevar os impostos e os preços das bebidas, a fim de dificultar a venda delas para os jovens. Já as escolas podem criar a semana da consciência, por meio de palestras com médicos, psicólogos e pessoas que curaram do vício, para que os estudantes conheçam as reais consequências e obtenham maiores informações. Assim, a sociedade formará cidadãos cientes de que o melhor caminho é a prevenção.