Enviada em: 07/05/2017

Por um bem viver    O sedentarismo é uma tendência na dinâmica do mundo moderno. Os indivíduos, cada vez mais atordoados pelas inovações tecnológicas e pela falta de tempo imposta pela aceleração das atividades cotidianas, acabam adotando estilos de vida em que a prática de exercícios físicos não está inserida. Com isso, o verbo “movimentar-se” tem sido pouco conjugado, ou melhor, pouco praticado no contexto hodierno. Diante desse panorama estático, torna-se essencial analisar as vertentes que englobam o sedentarismo no século XXI, a fim de elaborar medidas que possam mitigá-lo.     E primeiro, é fundamental pontuar que o contato exagerado com os artigos eletrônicos exerce papel preponderante na manutenção do sedentarismo. A substituição de tênis de corrida por celulares e videogames é uma das responsáveis pelo imobilismo dos cidadãos que, por considerarem mais cômodo, passam horas a fio de frente para as telas digitais enquanto poderiam estar praticando atividades esportivas. Tal fato aliado à falta de tempo intrínseca ao dia a dia dos indivíduos que trabalham, principalmente, nos grandes centros urbanos, intensifica essa inatividade física.     É crucial apontar, ainda, que o sedentarismo tem implicações severas na qualidade e na expectativa de vida. Obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares são apenas algumas das consequências da ausência de movimentação corporal periódica. Caso essa escassez de exercícios físicos esteja acompanhada de maus hábitos alimentares pode, inclusive, levar a uma condição de letalidade. Prova disso é que, consoante dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é o quarto fator que mais mata no mundo.     Destarte, diretrizes que formulem mudanças são imprescindíveis para solucionar esse impasse. Assim, as escolas devem promover palestras e fóruns de debate que alertem quanto a importância de se controlar o tempo destinado aos eletrônicos e incentivar a prática das diversas modalidades esportivas entre os alunos, desde a mais tenra idade. Concomitantemente, as mídias televisiva e digital, em parceria com o Ministério da Saúde, devem veicular campanhas de sensibilização social que evidenciem os malefícios do sedentarismo. Afinal, como disse Platão, “o importante não é viver, mas viver bem”.