Enviada em: 04/05/2017

A Revolução Industrial, ocorrida inicialmente no século XVIII, consistiu em um conjunto de mudanças e avanços tecnológicos com profundo impacto não só na esfera econômica como social. Nesse sentido, é perceptível a falta ou grande diminuição da prática de atividade física nos dias atuais, seja pelo acelerado surgimento de novas tecnologias, seja pela lenta mudança de mentalidade social quanto aos cuidados com a saúde. Assim sendo, torna-se necessário que medidas sejam tomadas a fim de solucionar a questão.    É indubitável que o processo de modernização tecnológica ocorrido a partir da Revolução Industrial  criou meios que passaram a ter maior prioridade que os exercícios físicos, não só por proporcionarem maior praticidade em vários sentidos como por serem uma fonte de distração (como video games, e smartphones). Dados apontam que 46% dos adultos do país são sedentários. Ou seja, apesar da tecnologia permitir que o homem seja mais eficiente, produtivo ou flexível, faz com que ele acabe não direcionando o tempo de que dispõe para cuidar de si. Com isso, a saúde acaba sendo deixada de lado, abrindo portas para doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão.    Nesse contexto, destaca-se o descuido com os hábitos alimentares como fator que impulsiona o fenômeno do sedentarismo. Segundo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira de agir e pensar dotada de coercitividade, exterioridade e generalidade. Seguindo essa linha de pensamento, uma pessoa que vive numa família onde não há preocupação com hábitos alimentares tende a ter esse mesmo posicionamento não só quanto à alimentação, mas também quanto à sua saúde como um todo. Sendo assim, tal comportamento é passado de geração a geração e passa a ser tido como normal, dificultando a mudança de mentalidade e erradicação do problema.    Medidas, portanto, são necessárias para resolver o impasse. O governo deve atuar de modo a garantir o fácil acesso às práticas de exercícios físicos, por exemplo, construindo academias públicas em praças. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação instituir nas escolas ações educativas/conscientizadoras que trabalhem o tema desde a infância. Ademais, levando em conta o papel influenciador da mídia na sociedade, as redes de televisão devem promover campanhas informativas que evidenciem as consequências do sedentarismo a longo prazo. Dessa forma, o número de pessoas sedentárias poderá ser gradativamente minimizado no país.