Enviada em: 11/05/2017

A história da Humanidade revela que, nos primórdios da civilização e do surgimento da espécie humana, as atividades que estes organismos exerciam eram de exigência extrema de calorias, na luta diária pela sobrevivência em busca de alimentos e de sua segurança. Ocorreu, porém, que a própria evolução de hábitos tornou o homem cada vez mais sedentário e, aliada às mudanças alimentares, provocou o surgimento de uma verdadeira epidemia de obesidade, de problemas cardiovasculares e diabetes precoces. Surge assim um novo estilo de vida: o sedentarismo, verdadeiro mal do século XXI.     Tal evolução, se assim se pode qualificar as mudanças ocorridas, deu-se no comportamento geral do ser humano que, de início nômade e caçador (ou, muitas vezes, sendo a caça), via-se obrigado a longas caminhadas em busca de alimento, de segurança e de abrigo e, num segundo momento, passando a plantar e criar animais. O gasto energético era muito grande e o alimento não era abundante, sendo obrigado a gastar grande parte da energia consumida na busca ou produção do seu próprio alimento. Com o passar dos séculos e com as alterações nas relações de produção e consumo, provocadas pela revolução industrial e mecanização do campo, o homem migrou do campo para a cidade, onde muitas máquinas fazem o esforço físico e o deslocamento é através de veículos. A era da informatização mudou o comportamento também no trabalho e no lazer: geralmente as atividades são exercidas de forma a gerar pouco ou nenhum esforço físico, como serviços em escritórios, cinemas, teatros e passeios, diminuindo ainda mais o gasto energético das pessoas.       No que se refere ás mudanças alimentares, o perfil de preferências tornou-se mais calórico, por industrializados, pelo modismo cultural dos famosos "fast foods" ou pela praticidade dos produtos previamente elaborados. A verdade é que as pessoas dispõem de pouco tempo para preparo de seus elementos e acabam ingerindo cada vez mais alimentos com alto teor de calorias e gorduras, com baixo nível de nutrientes essenciais para o equilíbrio orgânico, uma alimentação muito diferente daquela consumida pelos seus ancestrais e para a qual o organismo humano está preparado.      Assim, para a superação deste mal que se instalou na sociedade, exige uma mudança de comportamento por parte de todos: o indivíduo deve se conscientizar-se de que a vida sedentária, independente de vir acompanhada de obesidade ou doenças, deve ser combatida: buscar atividades de lazer como caminhadas constantes e esportes diversos, sempre acompanhados com alimentação natural e saudável com apoio de programas de promoção de saúde, por parte do Ministério da Saúde e das empresas, conscientizando a população por redes sociais e outros meios de comunicação sobre os riscos do sedentarismo, esta verdadeira epidemia do mundo contemporâneo.