Enviada em: 04/05/2017

Acordar, alongar-se, ir ao trabalho, descansar, correr e passear no parque. Esta deveria ser a rotina comportamental básica da sociedade moderna. No entanto, o impacto gerado pelas tecnologias modernas, bem como, a rotina cansativa do ambiente laboral tem gerado nas últimas décadas um sedentarismo crônico na população mundial.        A problemática, nesse sentido, tem raízes históricas. Com o curso das revoluções industriais, no último século,  e com o aumento vertiginoso das exigências de trabalho observou-se uma diminuição das demandas sociais em busca de qualidade de vida oriundas das práticas de atividades físicas. Quando Hipócrates, pai da medicina, afirma que a pratica de movimentos é o melhor remédio para o homem, ele ratificava a importância desta prática na prevenção de doenças musculares, cardiovasculares, diabetes e até mesmo a depressão.        Outro fator preocupante é o impacto das tecnologias sobre o modo de vida dos cidadãos. A rotina da sociedade hodierna tem incorporado vários hábitos de vida pouco benéficos, tais como: o uso constante de tablets, celulares, jogos eletrônicos e a tv. O resultado deste novo estilo de vida é representado por uma parcela de 50% da população brasileira que segundo dados do Ministério da Saúde encontram-se com sintomas de ociosidade física. Soma-se também como causa desse problema a violência urbana. As constantes ondas de crimes afugentam grande parcela da população no interior das suas residências, limitando assim a busca por exercícios físicos.        O diminuição do sedentarismo na sociedade, por tanto, passa por medidas sociais e públicas. Nesse sentido, é preciso que o ministério da saúde crie a política nacional de combate ao sedentarismo a fim de aumentar as ações que maximizem as práticas físicas. Além disso, o Ministério do Trabalho deve fiscalizar a aplicação das atividades ergonômicas nas empresas com intuito maximizar a ginástica laboral. Por fim, a família e a escola devem atuar como agentes socializadores e motivadores das boas práticas que levam a redução da inatividade física.