Enviada em: 07/05/2017

O início da caminhada    Partindo do seu processo histórico, desde o período antes de Cristo, as reflexões sobre o sedentarismo se fazem emblemáticas. Enquanto, na pré-história, com a desenvolvimento de métodos agrícolas, ocorreu o fim do nomadismo, hoje, no século XXI, o aumento da inatividade física está associado a outros fatores e tem corroborado com a incidência de diversas doenças em diferentes faixas etárias. Nessa perspectiva, é imperativo entender as causas desse mal do século a fim de combater suas consequências pejorativas.       Em primeira instância, é preciso considerar a praticidade do dia a dia. Segundo Dráuzio Varela, a vasta tecnologia atual proporcionou maior conforto à população, entretanto, interferiu negativamente no estilo de vida do indivíduo. De fato, esse avanço exige uma menor utilização do corpo para realizar determinadas atividades. Por exemplo, com o advento dos aplicativos para aparelhos celulares, o cidadão não precisa procurar um ponto de ônibus ou de táxi, simplesmente faz uma busca e o meio de transporte chega até ele. Nessa perspectiva, é natural afirmar que a comodidade rotineira está diretamente associada ao sedentarismo.      Ademais, chega-se a uma representativa questão: a depressão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente trezentas milhões de pessoas no mundo sofrem desta doença, que é caracterizada pela tristeza, pessimismo e baixa autoestima recorrentes. Além disso, conforme o site Escola Psicologia, os indivíduos depressivos têm um forte desejo de ficar na cama, como se houvesse uma “paralisia da vontade de viver”. Esse quesito demonstra que essa patologia está relacionada ao sedentarismo, pois o estado de espírito desse cidadão promove um gasto energético abaixo do recomendado.       Fica evidente, portanto, que esse impasse requer uma abordagem equilibrada e coerente. Diante disso, mensagens de conscientização deverão ser transmitidas pelos meios de comunicação governamentais, como o programa de rádio “Hora do Brasil” para incentivar a sociedade a aumentar a prática de atividade física e diminuir a dependência tecnológica. Outrossim, cabe ao Ministério do Esporte realizar eventos grátis em praças públicas, com palanques e educadores físicos, voltados para a população tendo como foco o aumento do gasto energético; à família, observar se algum parente encontra-se triste frequentemente, para assim, visitá-lo constantemente, ajudá-lo a levantar da cama e praticar alguma atividade, além de, procurar um especialista para devido tratamento. Os caminhos já são conhecidos, basta realizar os primeiros passos.