Enviada em: 07/05/2017

Vivendo no Brasil, desde a implantação do Plano Real, um período de ampliação do poder aquisitivo, o fator consumo consciente vem tornando-se importante na medida em que problemas relacionados à obesidade aumentam. Notar a persistência de práticas, com vistas a utilização exagerada de produtos, que prejudicam a saúde humana, dá caráter urgente a esse tema, levando-se em consideração aspectos comportamentais e um ciclo social.      Em primeiro lugar, quando Kant afirma que "o homem é aquilo que a educação faz dele" ratifica a importância do caráter didático, definindo os atos do indivíduo em sociedade. Seguindo a linha de pensamento do filósofo, prevê-se que, em uma sociedade em que o consumo, além de estimulado, é fator de diferenciação e inserção social, o cidadão utilize indiscriminadamente os recursos oferecidos. Assim, faz-se necessário a propagação do conceito de consumo consciente.       Outrossim, destaca-se o uso exacerbado como principal fomentador da sedentarização. Quando Durkheim define que o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade, evidencia a influência da sociedade sob o indivíduo. Seguindo essa linha de pensamento, é notável que uma criança que se desenvolve em meio a esse comportamento, tende a adotá-lo por conta da convivência. Dessa forma, há o fortalecimento do consumo compulsivo, transmitido de geração à geração, desestimulando a prática de exercícios.    Fica evidente, portanto, a necessidade de romper paradigmas que valorizam o uso indiscriminado, com vistas o aumento da qualidade de vida do cidadão. A mídia deve veicular debates e propagandas que engajem o consumo consciente. À escola cabe o papel de promover eventos temáticos, incluindo pais e alunos, abordando desde benefícios da alimentação saudável a prática regular de atividades físicas. Dessa maneira, construir-se-á, gradativamente, uma sociedade mais ciente dos perigos da sedentarização, fortalecendo-se o bem-estar social.