Enviada em: 08/05/2017

Durante a pré-história, o sedentarismo estava associado ao estabelecimento definitivo de uma comunidade humana num determinado lugar. Hodiernamente, falar dessa questão é se referir à tendência social dos tempos modernos, em que ser sedentário é diminuir ou não praticar atividade física regularmente. Essa problemática atinge pessoas de diferentes classes sociais e faixas etárias, sendo um risco à saúde e diminuindo, inclusive, a expectativa de vida.   As facilidades trazidas com o avanço tecnológico expuseram a população a um estilo de vida mais estático, em que o lazer pode ser encontrado sentando-se a frente de uma televisão ou simplesmente utilizando o celular. Associada a isso, a má alimentação contemporânea coopera para o aumento do risco de doenças cardiometabólicas, como problemas cardíacos, diabetes e obesidade.   Embora o ideal de uma vida ativa e saudável esteja em alta, haja vista o aumento no número de academias e estabelecimentos de alimentação regrada, grande parte da população está a parte desse processo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quarenta e seis por cento dos adultos brasileiros são sedentários. Esse dado é preocupante, uma vez que essas pessoas são potenciais pacientes de doenças crônicas.    O Estado brasileiro tem investido em playgrounds para idosos, ciclovias e praças, mas essa iniciativa ainda não alcança a maioria da sociedade, que continua rendida ao ócio.    A fim de vencer o mal do século, iniciativas envolvendo sociedade civil e parcerias público-privada são essenciais para o decréscimo do alto percentual de inativos. Para isso, a receita federal deve destinar maior parcela dos impostos para investimentos em mais praças destinadas à atividades físicas para públicos de diferentes idades. O governo municipal pode contratar profissionais de fisioterapia e educação física para realizarem atividades coletivas junto à população, diariamente, em locais preparados para esse fim. Além disso, o governo do estado pode oferecer subsídios para empresas que incentivem a realização de atividades físicas entre os funcionários, como na oferta de academias dentro das instituições ou no pagamento de mensalidades em estabelecimentos particulares. Promover a batalha contra o sedentarismo é prevenir males muito maiores, buscando saúde e melhorando a qualidade de vida.