Enviada em: 08/05/2017

Receita de bolo fitness   Não é difícil conhecer alguém que se rotula como sedentário e tem aversão a atividades físicas. O crescimento do número de pessoas sedentárias é quase proporcional ao surgimento de novas tecnologias. Nesse contexto, em que quase 50% da população adulta é sedentária e a cada dia esse estilo de vida é naturalizado, é necessário a participação de diferentes setores da sociedade para combater o problema.   Antes de tudo, é preciso lembrar que foi em meados do século XIX que o primeiro telefone foi criado,  possibilitando a comunicação entre pessoas situadas a longas distâncias. No século XXI, se deu início a Era dos smartphones, na qual grande parte da população já se via dependente da tecnologia, dando origem aos moldes de uma sociedade sedentária como a que vivemos hoje.   Além disso, o sedentarismo pode ser atribuído a naturalização desse estilo de vida que é enraizado de maneira indireta. Em um panorama como esse, repleto de variáveis, parece difícil imaginar medidas definitivas, mas é preciso agir para reduzir seus efeitos. Para isso, todos os setores da sociedade precisam sair do seu atual estado de inércia.    De fato, diante do caráter de urgência, o poder público dever agir com velocidade, estimulando a realização de atividades físicas no indivíduo desde criança. Apesar da necessidade de resultados imediatos, a melhora não pode se limitar a paliativos. Para completar essa equação, o trabalho do governo deve ser complementado por ONGs, cujas funções sejam apresentar denúncias e defender a causa. Além disso, a mídia também pode produzir ficções engajadas, ou seja, novelas e filmes que abordem a temática, de forma a mobilizar a sociedade.   É evidente, portanto, que o combate ao sedentarismo exige medidas concretas, e não somente um belo discurso. Nesse contexto, o caminho parece ser uma difícil -mas não utópica- revisão de valores, possível a partir de pequenas mudanças na educação. Sem dúvidas, se as escolas ampliarem o foco do ensino para além de questões apenas de conteúdo e se preocuparem com a formação moral e crítica do cidadão, é possível imaginar um país mais saudável e ativo. Os ingredientes estão todos à mesa, basta fazer um bom uso da receita.