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Enviada em: 05/08/2017

Entre os efeitos da Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra em meados do século XVIII, destaca-se a automatização de processos rotineiros e, de forma consequente, o sedentarismo. Com a persistência deste no século XXI, inúmeros debates vêm ocorrendo com o intuito de identificar seus efeitos no âmbito social. Nesse contexto, ressaltam-se a saúde pública e os gastos no setor econômico.           Com efeito, o sedentarismo é o grande responsável pelo aumento de diversas doenças, porquanto a atividade física colabora para a manutenção da homeostase. Sendo assim, ele não apenas indica um fato social, indicado por Émile Durkheim, mas também a diminuição da expectativa de vida e da População Economicamente Ativa, afetando todo o corpo social.             Ademais, o sedentarismo está intrinsecamente ligado à obesidade e ela gera exorbitantes gastos para o setor público, por meio de investimentos em entidades como o Sistema Único de Saúde, e para o setor privado. Outrossim, tal fato representa um menor investimento na área de educação, área que definirá o futuro da nação, pois, segundo Immanuel Kant, o cidadão será formado de acordo com a educação oferecida. Por conseguinte, o sedentarismo pode representar a inércia futura do pensamento social.           Urge, portanto, a adoção de medidas a fim de mitigar as causas do atual cenário, que não é satisfatório. No âmbito federal, o Ministério das Cidades deve ampliar áreas de incentivo ao esporte, como quadras e academias ao ar livre, a fim de incentivar a prática de esportes e exercícios físicos. Além disso, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação devem perpetuar o debate sobre as consequências do sedentarismo nas escolas.