Enviada em: 29/10/2018

O capitalismo é um sistema econômico baseado na divisão da sociedade em classes sociais, e internalizado nesse conceito está o controle da elite sobre os demais setores da sociedade. É válido salientar que subjugação da classe média é simbólica, já a dos pobres é totalmente violenta. Ademais, outro modo de controle é a privatização de serviços públicos, e o meio mais utilizado é a depredação da saúde e educação pelos ricos, em seu projeto de poder e manutenção de privilégios.    Dessa forma, as universidades são utilizadas como ferramenta para a segregação da classe média, tendo em vista que  eles são os que mais possuem acesso ao ensino superior, já que sua renda permite uma educação, seja primária, secundária ou superior de maior qualidade. O conceito básico é a seletividade da corrupção, mostrando-la apenas como estatal, teoria criada por Sérgio Buarque de Holanda e usada pela elite para setorizar a transgressão moral apenas em governos progressistas, como no caso do ex-presidente Lula, ou para fomentar os ímpetos pela cada vez maior privatização dos bens públicos.    Além do mais, no que tange aos pobres, o método de domínio é muito pior: o uso do aparato da segurança pública, considerando o domínio da máquina estatal pelas elites. Um claro exemplo é o da intervenção militar no Rio de Janeiro, medida que ampliou a violência nas favelas, segundo dados do Observatório da Intervenção. Tudo isso para manter o pobre preocupado com a truculência da polícia e não com o reconhecimento das injustiças sociais que lhes afligem devido aos privilégios dos abastados, como em relação aos impostos altos sob consumo.    Sendo assim, a dominação da vida das pessoas pelos ricos está quase realizada, bastando apenas o controle sobre os serviços atualmente públicos, como saúde e educação. Isso é realizado pelo subfinanciamento desses setores por uma classe política comprada pela elite econômica, e com objetivos de tornar o SUS (Sistema Único de Saúde) e a educação pública ruins, para abrir o pretexto de que com a privatização, esses setores melhorariam.    É necessário, portanto, agir de duas maneiras para libertar as classes subalternas no Brasil. Primeiramente, é fundamental que o Ministério da Educação mude a matriz curricular dos cursos superiores das ciências humanas, para um projeto que mostre o domínio da elite pelo qual a sociedade vive, isso ajudaria a diminuir a violência social no país e a elevar as contestações do sistema econômico. Em segundo lugar, é imprescindível que o Estado eleve os gastos públicos em saúde e educação, melhorando suas qualidades e diminuindo o ímpeto da elite em privatiza-los. Tudo isso de grande valia para a formação de um país mais justo.