Enviada em: 09/07/2017

Segundo o filósofo René Descartes, "Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis". Todavia, não basta sair da inércia, isto é, é preciso ter prudência e, dessa forma, promover medidas que busquem eficazmente minimizar os problemas envolvendo o sistema carcerário brasileiro. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a superlotação e a violência nas prisões.    Em primeira análise, cabe pontuar que os prisioneiros do país sofrem com a superlotação das cadeias. Tal fato ocorre com grande influência dos presos provisórios, que em somatório com a grande quantidade de detentos definitivos, torna o local abarrotado. Comprova-se isso, pois, segundo dados de 2014 do Sistema Integrado de Informações Penitenciárias do Ministério de Justiça, o Brasil possui 41% dos presos aguardando julgamento atrás das grades. Dessa maneira, é preciso rever a situação do sistema prisional do país para que não avilte com a própria dignidade humana.    Além disso, convém frisar que a violência nas prisões brasileiras se transformou em um problema sério. Isso se torna evidente, pois, segundo dados do jornal O GLOBO de 2017, sessenta prisioneiros foram mortos durante uma rebelião em Manaus. Isso ocorre porque o sistema carcerário brasileiro não fornece atenção necessária para que se tenha um controle maior dos presos. Dessarte, essas pessoas que estão cumprindo pena para se reabilitar, acabam se machucando ou até mesmo sendo mortas com grande influência da má administração oferecida pelo sistema prisional do país.    Medidas, portanto, são necessárias para atenuar a problemática. Primeiramente, é preciso que ONGs utilizem da internet, fazendo campanhas conscientizadoras nas redes sociais com o objetivo de cobrar do Ministério da Justiça mais agilidade nos julgamentos dos presos provisórios, com isso, terá uma redução dos cativos, sobrando somente detentos definitivos que poderão cumprir sua pena de maneira digna, pois segundo o filósofo Foucault, "A punição tem caráter educativo". Ademais, para ocorrer uma redução da violência nas penitenciárias, o Governo deve utilizar o dinheiro arrecadado dos impostos investindo na construção de mais prisões, assim, terá mais celas, mais guardas para ter um maior controle, evitando brigas e até mesmo o inicio de rebeliões. Dessa forma, com a utilização desses métodos será possível resolver o problema.