Enviada em: 03/07/2017

O sistema prisional brasileiro está em crise. Presídios sofrem por superlotação de mais de 100% de sua capacidade e uma grande parte da população carcerária espera de meses a anos sem ter sido sentenciada. Isso acaba gerando um sentimento de injustiça nos presos que, quando conseguem liberdade, acabam voltando para o mundo do crime.       As penitenciárias fornecem aos seus residentes uma péssima qualidade de vida. Além das superlotações e das instalações pouco conservadas, muitos presos temem por suas vidas visto que não é incomum que exista conflitos entre facções criminosas rivais dentro de penitenciárias como aconteceu, esse ano, em Manaus, Roraima e Rio Grande de Norte deixando cerca de 100 mortos.       Além disso, dos presos que ainda não foram sentenciados, boa parte cumprirá sua pena em regime aberto ou serão absolvidos das acusações os possibilitando a voltar a viver em sociedade. Entretanto, o tempo que passaram na cadeia terá sido o suficiente para que exista uma dificuldade para que o indivíduo volte a viver em sociedade. Ele terá dificuldades em arrumar um emprego formal e até mesmo em se relacionar com pessoas ao seu redor. Sem oportunidades, muitos acabam voltando para a vida do crime.       Para que o sentimento de injustiça da população carcerária seja diminuído e para que exista um incentivo a ressocialização dos presos são necessárias algumas medidas. O legislativo deve revisar leis que dizem respeito ao porte e tráfico de drogas, visto que hoje não existe uma diferenciação entre os dois. É necessário também que o judiciário busque novas formas de penalizar infratores da lei, como por exemplo, trabalhos comunitários, acompanhamento psicológico ou até mesmo algum curso de reabilitação social.