Enviada em: 03/07/2017

Ao analisar o tema "Sistema carcerário brasileiro: problemas e soluções" vê-se que os problemas são exorbitantes e as soluções, muitas vezes, procrastinadas até eclodirem rebeliões que resultam em mortes e traumas psicológicos para os personagens, diga-se de passagem também humanos, da realidade carcerária brasileira. Em contrapartida as superlotações, os números da violência aumentam e agravam ainda mais o cenário.  Dentre as raízes dos altos números, está a falta de defensores públicos em número suficiente para atender a todos os presos provisórios, que não possuem condições financeiras para pagarem a um advogado. Além da defesa, os defensores fiscalizam as condições dos presídios, informam aos serviços de inteligência das condições em que vivem os acusados e outras atividades necessárias para a administração do sistema. Não há, também, estrutura para comportar todos os detentos, bem como uma frágil política de reabilitação social que resultam em casos de reincidência. Contudo, o problema está longe de ser resolvido, pois o foco do Ministério da Justiça, mesmo após as rebeliões sanguinárias de janeiro de 2017, ainda está nos sintomas e não na causa. Construir mais presídios, fornecer penas alternativas e prevenir homicídios dolosos e feminicídios são medidas necessárias, mas não para a solução do real problema: o aumento da violência.  Educar crianças, para não punir adultos é o que já defendia Pitágoras há séculos. A violência deve ser combatida desde a tenra idade. O ministério da Justiça e da educação precisam atuar em conjunto para que mais verbas sejam disponibilizadas para construir mais presídios, e também, mais escolas; criação de mais grupos táticos e, também, grupos vigilantes de violência doméstica. Além da ação da publicidade para demonstrar a população que o problema precisa ser discutido dentro da casa de cada brasileiro.