Enviada em: 05/07/2017

O cárcere privado é considerado uma forma de afastar socialmente, por um período de tempo, indíviduos que desrespeitaram alguma lei estabelecida. Na teoria serve para reintegrar o indivíduo à convivência social. Porém a realidade brasileira é um regime carcerário em crise e a não recuperação dos detentos.       Um dos principais problemas é a superlotação dos presídios. Segundo o Ministério da Justiça, em 2014 haviam cerca de 600 mil presos, sendo quase a metade deles sem condenação. Evidentemente, o número de presidiários ultrapassa e muito o número de vagas.       Esse tipo de problema gera diversos transtornos, como as rebeliões, assim como ocorreu no ano de 1992, quando houve a revolta na Casa de Detenção Carandiru, na qual os policiais reagiram, gerando dezenas de mortes.       Além desses fatores internos, exitem ainda os externos: os presos não se reintegram socialmente quando soltos, mas continuam cometendo crimes, muitas vezes piores. Infelizmente, não existem iniciativas governamentais que estimulem os presos a mudar de vida ao conquistarem a liberdade, ao contrário, o cárcere serve como uma "escola" onde se aprende mais formas de roubar, traficar, matar e etc.       É preciso, portanto, que o Estado adote o cumprimento de penas alternativas, que revise os casos de presos que não foram condenados para que as injustiças sejam evitadas e diminua o número de detentos e que adote melhores medidas para a reintegração dos indivíduos na sociedade, como o estímulo à contratação de ex presidiários nas empresas por exemplo. Acima de tudo, porém, está o investimento na educação pública para prevenir a prisão dos mais marginalizados sociais.