Enviada em: 08/07/2017

Nas histórias de quadrinho do justiceiro Batman, existe uma enorme prisão chamada Asilo Arkham, onde o homem morcego prendia os vilões mais perigosos. Porém, com o passar do tempo, a prisão ficou superlotada facilitando a fuga do vilão Coringa. Fora da ficção, problemas como cadeias lotadas e com más condições são encontradas no sistema carcerário brasileiro, sendo necessário avaliar a situação e seus efeitos na sociedade.    É importante pontuar, de início, o descaso com a qualidade de vida dentro dos presídios. Superlotação e deterioração das celas, falta de higiênie e água potável são alguns dos problemas enfrentados. O público feminino vive uma realidade ainda pior, pois sofrem com o tratamento idêntico entre gêneros, sendo excluídos os cuidados íntimos da mulher, com falta de absorventes, acompanhamento ginecológico, além do tratamento às gestantes ser ruim.    É fundamental pontual, ainda, que segundo a visão Determinista do século XIX, o homem é fruto do meio. Desse modo, com as péssimas condições de vida nos presídios e nenhuma assistência de reintegração na sociedade, pode ocorrer a volta ao crime e mais casos de violência nas ruas. Ademais, a lentidão do sistema de justuça criminal em responsabilizar alguém pelo ato criminoso aumenta o número de encarcerados. 40% dos presos são provisórios e muitos ficam mais tempo presos do que o tempo de sua condenações, assim, causando sentimento de injustiça e chance de se aliar a uma facção criminosa.     Fica claro, portanto, que medidas devem ser tomadas. Dessa forma, o poder público deve investir na extensão das cadeias, além da manutenção das celas e da higiênie dos presos. Ademais, o Ministério de Saúde deve acompanhar e tratar, com equipes médicas, a saúde dos presidiários, principalmente, das mulheres, e  fiscalizar esses cuidados. Além disso, o Sistema Judiciário deve reduzir as burocracias envolvidas, para que seja mais rápido os processos, e também garantir a assistência jurídica de defesa.