Enviada em: 11/07/2017

Na obra "Memórias do Cárcere", do autor Graciliano Ramos, é retratado por ele, o modo de vida degradante no presídio brasileiro durante a época do regime do Estado Novo. Analisando o sistema carcerário atual brasileiro, nota-se que essas condições de vida nos presídios ainda mantém-se da mesma forma.      A superlotação das celas nos presídios brasileiros, é uma adversidade enfrentada diariamente pelos indivíduos que vivem nesses locais, além dos vários tipos de doenças que essas pessoas são expostas. Uma outra contrariedade que contribui para essa superlotação, é a falta de defensores públicos para esses indivíduos, e como há um enorme índice de detentos, e um baixo número de defensores para eles, muitos desses indivíduos continuam nas cadeias.    Uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional da Justiça (CNJ), aponta que há nos presídios brasileiros um total de 644 mil detentos, enquanto há apenas 250 mil vagas, havendo uma agravante e notória superlotação nos presídios. Não há infraestrutura adequada para alojar essa quantidade de detentos, e isso fere gravemente a dignidade humana dessas pessoas, submetendo-as à péssimas condições de vida. O presídio deveria ser uma forma de reabilitação, e ocorre exatamente o oposto disso.      Mediante os argumentos supracitados, medidas são necessárias para resolver esse impasse. O Estado deve intervir nesse caos em que se encontram os presídios brasileiro investindo em reformas que visem melhorar a infraestrutura desses locais, garantindo um melhor bem estar de vida dentro das cadeias. É necessário também a implantação de serviços comunitários realizados pelos próprios detentos com o objetivo de arrecadar dinheiro para a manutenção do local onde eles vivem, pois a cadeia deve ser um local de reabilitação para esses indivíduos voltarem a conviver em sociedade. Some-se a isso, investimentos do Governo Federal em agentes defensores, que visem adiantar processos para libertação de alguns detentos, diminuindo a quantidade de presidiários.