Enviada em: 12/07/2017

Estamos em um momento de visível inconformismo com o Sistema Carcerário no Brasil, o aumento da população carcerária e a extrema burocracia do Sistema Judiciário que atrasa os julgamentos resultou em presídios superlotados e detentos tratados de forma desumana, tornando necessária a tomada de medidas para resolver a questão.    O atraso nos julgamentos se dá devido a falta de defensores públicos suficientes, com isso 40% da população carcerária ainda não foi julgada e mesmo quem é preso em flagrante acaba esperando até 133 dias para a audiência. Ademais o enclausuramento de criminosos não impede o aumento da violência e a reincidência de delitos, uma vez que não há separação entre eles e réus primários convivem com criminosos veteranos, sendo assim mais de a metade deles, quando em liberdade voltam a cometer crimes.    Com esse crescimento os detentos vivem em condições precárias, a falta de suprimentos de primeira necessidade, como papel higiênico e sabonetes, torna-os moeda de troca entre eles, assim a probabilidade de contrair doenças como HIV e tuberculose é maior que alguém em liberdade. As detentas gestantes recebem pouco ou nenhum auxilio médico na hora do parto, tornando frequentes os casos de hemorragia e infecção.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Tendo em vista que milhares de brasileiros estão presos sem sentença definida, o Sistema Judiciário deve reduzir a burocracia envolvida no julgamento dos réus, por meio do aumento na quantidade de juízes disponíveis e da agilização dos processos. Além disso é necessário criar grupos de trabalho e estudo nas penitenciárias a fim de reabilitar esses detentos para conviverem em sociedade e não cometerem mais crimes.