Enviada em: 28/07/2017

O sistema carcerário tem papel de reeducação do detento para reintegrá-lo à sociedade. De acordo com estatísticas oficiais, no Brasil, há 70% de reincidência -ou seja, retornar a vida criminosa-. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática perdura devido à má administração do poder público e das empresas privadas.     No ano de 2002, o Ministro da Justiça deu uma declaração a qual afirmava preferir morrer a ser preso. Isso se dá porque, as penitenciárias apresentam, entre outros pontos, três cenários incabíveis a reabilitação. São estes: a violência, a saúde precária e a superlotação. Contrariando os direitos humanos, há 622 mil presos para 371 vagas. Sendo assim, é preciso por fim na morosidade judiciária.        Além disso, em consequência a superlotação, tem-se a formação de facções as quais perpetuam e intensificam a violência. Desse modo, tendo em vista a visão determinista do século XXI -a qual diz que o homem é fruto do seu meio-, como também, o tratamento recebido pelos detentos, é inevitável que este não apresente atitudes violentas ao sair da cadeia.    Destarte, portanto, fica claro que a questão em voga é bem mais ampla do que aparenta. É preciso, nesse contexto, um esforço conjunto para dirimir o problema. Cabe ao governo em comunhão com empresas privadas, instituir não só a extensão das penitenciarias, como também aderir programas educacionais e esportivos para que os detentos tenham oportunidade de aprendizado e, ao reingressarem para a sociedade, tenha novas oportunidades de emprego, por exemplo. Outrossim, a fim de limitar o morosidade judiciaria que intensifica a superlotação, o Ministério da Justiça deve criar penas alternativas, para que indivíduos qualificados nessa prerrogativa não façam parte do déficit presidiário. E, assim, a situação apresentará mudanças a médio prazo. Tal qual Martin Luther King Jr: Um direito adiado, é um direito negado.