Enviada em: 01/08/2017

O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, e infelizmente, a prisão mostra explicitamente a morosidade do sistema judiciário e o desrespeito com os direitos humanos.        Muitas pessoas ficam presas por meses sem terem suas penas julgadas, e já que suas condutas foram consideradas graves o suficiente para cercear suas liberdades, o tramite do processo deveria ser mais rápido, assim, não abarrotaria tanto as prisões e não submeteria mais pessoas a situações desumanas como celas cheias, contato direto com o crime organizado que comumente recruta novos membros, ambientes insalubres aptos ao contagio rápido de doenças e paralisação dos estudos e da vida social.              O desrespeito com os direitos humanos do preso gera prejuízos para todos os espectros de uma sociedade: afeta a família do preso, do preso em si, do agente que vive sob extrema tensão e labuta em situações insalubres tanto quanto o preso, e da sociedade que gasta milhões para a manutenção de um serviço que não traz retorno positivo para nenhum lado e ainda alimenta o ciclo vicioso da violência gerando revolta e aumentando a criminalidade.                 Para se pensar em soluções para a crise do sistema penitenciário brasileiro há que se ter em mente a ressocialização do culpado com uma reforma que garanta: acesso rápido à justiça, principalmente àqueles que não compreendem a ação infratora; treinamento / capacitação dos agentes;  disponibilidade de defensores públicos e profissionais da saúde nas prisões; e uma articulação do judiciário de maneira que mais medidas cautelares efetivas sejam colocadas em ação para que aquele indivíduo condenado tenha como pena a realização de serviços  em benefício para a sociedade, e não seja condenado à condições desumanas que não trarão retorno nem pra si nem para a comunidade em que ele está inserido.