Enviada em: 06/08/2017

O Brasil possui a quarta maior população carcerária do mundo e esses números não param de crescer a cada dia. Devido a falta de defensores públicos, banalização da real importância da prisão e desinteresse na reinserção social dessas pessoas, as penitenciárias se encontram em uma situação frágil e de superlotação crítica.  A falta de capacitação dos agentes penitenciários afeta de uma forma impalpável a vida e as atitudes dos presos. A carência de incentivos educacionais e sociais reflete em uma não mudança na perspectiva de mundo, gerando desinteresse em modificações reais. Portanto, grande parte de ex-presidiários retornam as cadeias, já que as mesmas não exerceram suas reais funções, pois não transformaram as ações dos condenados para que possam viver em sociedade.   A maioria dos crimes está relacionada a tráfico de drogas, roubos e furtos, porém 40% desses presos ainda não foram condenados devido a baixa demanda de defensores públicos. Tal fato causa um problema real de superlotação, muito desses detentos não serão condenados e ocupam vagas de forma desnecessária auxiliando no contratempo, onde um cela para oito pessoas é ocupada por treze. Esses números exorbitantes tem por consequência dificuldades administrativas, de educação, segurança e saúde em suas vidas, formando assim um sistema carcerário frágil que enfrenta crises como o massacre do Carandiru, rebeliões em Manaus e Roraima.   Enfim, medidas são necessárias para resolver esse impasse como melhoria no treinamento dos agentes penitenciários, incentivos governamentais para estudantes de direito especializarem na área penal e suprirem a demanda de defensores públicos, diminuindo assim o número de não condenados presos e mudanças administrativas, na saúde, nos projetos educacionais e nos trabalhos dentro da penitenciárias.