Enviada em: 11/08/2017

"Ninguém respeita a constituição mas todos acreditam no futuro da nação.". É perceptível a relação entre o trecho da música de Cazuza e os desafios enfrentados no sistema carcerário do Brasil. Profissionais incapacitados e corruptos, justiça ineficiente e más estruturas dos presídios contribuem para a situação enfrentada pelos mesmos.      A superlotação, resultado de uma justiça lenta e deficiente, é um grande problema no sistema carcerário. Os processos demoram muito tempo para serem analisados e, muitas vezes, os presidiários que já cumpriram suas penas ficam à espera da liberdade. Além disso, a organização do governo deixa a desejar visto que demora na construção de novos presídios, os quais atualmente são desproporcionais à quantidade de presos.       Outrossim, as más estruturas dos presídios proporcionam aos presos péssimas condições de sobrevivência deixando-os aglomerados em celas pequenas e expostos a brigas de grupos rivais. Também, muitos profissionais que trabalham nesses lugares não são capacitados para lidar com qualquer situação que venha a ocorrer, e grande parte deles são corruptos, permitindo que os presidiários tenham acesso à celulares, facas e armas de fogo em troca de propinas.       Para que essa situação seja amenizada, é necessário que sejam contratados profissionais mais experientes. Também é essencial que a justiça procure analisar os processos o mais rápido possível a fim de diminuir a superlotação. O governo deve também investir em tornozeleiras eletrônicas que possibilitem os presos de saírem para serem reinseridos na sociedade e no mercado de trabalho caso estejam perto de concluir a sua pena.