Enviada em: 16/08/2017

O sistema carcerário brasileiro é sobrecarregado,anacrônico e mal sucedido,sua atual crise é reflexo dessas  características.Diariamente,reportagens alertam a sociedade para a criminalidade que faz aumentar a quantidade de encarcerados e amedronta o cidadão.Segundo dados  do Infopen(Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias),a quantidade de presos no Brasil triplicou nos últimos  15 anos,o que explica,em partes,a crise vivenciada pelo sistema penitenciário.   A falta de políticas públicas ou a ineficácia das mesmas para romper com questões problemáticas como a grande desigualdade social,educação pública de má qualidade,número elevado de desemprego expõe brasileiros à situação de vulnerabilidade social grave,na qual  os indivíduos sem oportunidades encontram no crime uma saída para sobreviver e,consequentemente,alimentam atividades ilícitas e faz crescer o número de detentos no país,sobrecarregando o sistema carcerário.   Essa massa de pessoas atirada nas insalubres cadeias brasileiras torna-se susceptível a toda forma de abuso,seja ele físico,moral ou psicológico,fica a mercê da ação de gangues que encontram um ambiente propício para a expansão do crime organizado e sem condições mínimas para conseguir um dia se ressocializar.   Diante disso,desfazer o quadro crítico no interior das prisões no Brasil e combater de modo adequado problemas socioestruturais da sociedade é fundamental para recuperar a saúde do sistema penitenciário.Por sua vez,cabe ao governo,na figura do ministério da justiça,adotar uma filosofia que permita aos detentos ter uma rotina mais próxima do normal,com atividades esportivas,educativas,acesso a televisão e livros,tratamentos psicológicos periódicos buscando dessa forma melhorar a saúde e educação dos encarcerados e aumentar suas chances de reinserir´se no convívio social.    Somado a isso,cabe às secretarias estaduais de educação investir no ensino público,estimulando professores e alunos com competições escolares semestrais e gratificações para as melhores escolas,além de fornecer cursos para os acadêmicos atualizarem seus conhecimentos e alunos aprenderem atividades profissionalizantes.A sociedade pode promover projetos independentes que visem gerar renda em comunidades carentes através do investimento em microempresas,como padarias,fornecedores de alimentos orgânicos,entre outros.