Enviada em: 20/04/2018

Em 1930, o médico Alexander Fleming publicou a descoberta da penicilina, medicamento que deveria facilitar a vida humana no combate às doenças causadas por bactérias. Um século depois, com o uso indiscriminado dos antibióticos, o ser humano se vê ameaçado por algo que, a princípio, lhe trouxe segurança.   Muitas pessoas se automedicam ao apresentarem o menor dos sintomas, não se atentando ao fato de que cada medicamento é específico a um microrganismo. Além disso, alguns médicos receitam medicamentos sem ao menos examinarem o paciente. Não menos agravante, há também a indústria alimentícia, que com ou sem o aval do consumidor, bombardeia as plantas e os animais com antibióticos para evitar que fiquem doentes, aumentando, assim, seu lucro.   Esse excesso de medicamento acaba deixando as bactérias cada vez mais resistentes e, de forma adaptativa, nascem as superbactérias.  Somada à resistência aos antibióticos, sua rápida reprodução torna o tratamento de uma pessoa infectada mais difícil e, na maioria dos casos, inviável. Logo, pode-se afirmar que, como sempre no mundo capitalista, o lucro está acima do bem estar da população humana.    Infere-se, então, que o Ministério da Saúde promova palestras periódicas em cada estado brasileiro e destinadas aos médicos, suscitando debate sobre a importância dos exames e das conversas com o paciente antes de prescrever medicações. Além disso, o Ministério da Educação pode, junto ao Governo Federal, elaborar propagandas e divulgá-las nas principais mídias sobre os perigos da automedicação, com enfoque na questão das superbactérias. Com relação à indústria alimentícia, o Governo Federal deve criar um projeto de lei que contemple a fiscalização das indústrias e criadouros de animais para pecuária, para que haja limite de animas e espaço suficiente para cada um deles, visando uma melhor qualidade de vida. Isso evitaria doenças e a consequente aplicação de antibióticos.