Enviada em: 07/07/2018

O crescente aumento no número de casos de super bactérias é uma realidade na área da saúde em todo mundo. Atualmente, os governantes estão realizando esforços para restringir a venda de antibióticos para a população relacionando o surgimento do problema com o consumo desregulado desse tipo de medicamento. Dessa forma, é importante analisar quais fatores levam, de fato, ao fortalecimento desses seres e o que pode ser feito para minimizar o problema através de uma análise ampla e não restrita apenas a venda de medicação.       Em primeira análise, é importante destacar que o desenvolvimento de super bactérias está de fato relacionado ao consumo inadequado de antibióticos. No momento em que um indivíduo não realiza o tratamento completo contra doenças bacterianas, o mesmo está favorecendo a proliferação dos indivíduos mais resistentes que ainda não morreram devido ao efeito do remédio. Assim, a automedicação de fato se torna um problema, pois, sem a orientação profissional adequada, o uso inadequado leva ao aumento da população desses seres, aumentando o número de casos de infecção.       Outro fator que deve ser analisado é o fato de que a indústria pecuária é baseada, atualmente, na criação de um número elevado de animais em um espaço reduzido favorecendo a rápida proliferação de doenças causadas por bactérias. Para evitar tal problema, são administrados, através da água e do alimento, doses regulares de antibióticos visando evitar que tais seres se proliferem entre os animais. A consequência é que algumas cepas de bactérias resistem aos medicamentos e se espalham entre a criação podendo afetar também os humanos. Como já foram expostos a medicação e sobreviveram, esse conjunto de seres não responde a nova exposição, tornando-se assim resistente.       Deve-se constatar, portanto, que o desenvolvimento de super bactérias é desencadeado não somente pela automedicação como também pela agroindústria. Visando evitar esse problema é importante que o legislativo aperfeiçoe as leis para que sejam mais rígidas com relação a venda de antibióticos, não apenas os de uso humano mas também os de uso veterinário. Assim, para ter acesso a medicação o indivíduo terá que passar por um profissional capacitado, médico ou médico veterinário, que irá aconselhar sobre a forma correta de uso evitando assim o fortalecimento de cepas resistentes. Aumentam assim as chances de se alcançar um combate efetivo ao surgimento de novos casos de infecções por bactérias super resistentes, que tem se tornado tão comum no mundo contemporâneo.