Era ´Pós-Antibióticos` Através de muitos estudos, Charles Darwin desenvolveu a teoria da evolução dos seres vivos por seleção natural. Nesse processo, organismos mais adaptados as mudanças de seu habitat têm mais chances de sobreviver e de repassar suas características para as novas gerações. O mesmo ocorre com as bactérias, que sofrem mutações para resistir aos antibióticos. Tais organismos resistentes a esses medicamentos são chamados de superbactérias. A principal causa desse problema é a automedicação. Antes de Alexander Fleming descobrir o primeiro antibiótico, a penicilina, uma simples inflamação na garganta era fatal. Com o avanço da medicina, foram criados medicamentos para combater as mais diversas doenças. O fato é que muitas vezes nos automedicamos, ingerimos remédios sem a prescrição de um especialista, tomamos em doses abusivas e por um tempo mais que o recomendado ou então, suspendemos o tratamentos nos primeiros sinais de melhoria. Ao realizarmos essas ações, estamos contribuindo para a fragilização do nosso organismo, fazendo com que ele se torne resistente a maior parte dos medicamentos e assim, comprometendo os tratamentos e cirurgias. A OMS (Organização Mundial da Saúde), afirma que se não houver um controle rigoroso da utilização de antibióticos, a população poderá ficar sem defesa contra bactérias que causam infecções. Com isso, percebemos que o mundo está prestes a entrar em uma era ´pós-antibióticos`, na qual uma simples infecção pode levar a morte rapidamente. Atualmente, em um hospital americano, foi comprovado variedade de bactérias resistentes ao antibiótico Linezolid que, até então, era a maior arma dos médicos contra micróbios que sofrem mutações constantes. Também, recentemente, houve um surto em Americana (SP). Em um único hospital, sete pessoas foram diagnosticada infectadas pela superbactéria KPC (klebsiella Pneumoniae Carbanemase), segundo pesquisa do portal de notícias G1. Além disso, em Brasília, no ano de 2010, foram confirmadas 18 mortes por KPC. Portanto, medidas devem ser tomadas para evitar que o mundo viva uma era ´pós-antibióticos`. É de suma importância que o ministério da saúde, em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) invista em equipamentos que detectem com eficiência a infecção, e com isso, não iriamos correr o risco de contribuir com as superbactérias, tomando remédios desnecessários que acabam, naturalmente, selecionando bactérias mais resistentes aos antibióticos. E também, esse órgão público em sociedade com organizações da saúde, devem fazer aplicações em pesquisas e desenvolvimento de novos medicamentos que favoreçam a reprodução de bactérias benéficas, deixando-as em grandes quantidades e evitando que esses organismos se adaptem as certas condições. o