Enviada em: 12/04/2017

Vamos dar uma volta no período de 1900. Naquela época, as doenças por bactérias estavam matando milhares de pessoas. Uma situação preocupante, não é mesmo? Imagine você, viver em um lugar onde microrganismos estão matando várias pessoas e ninguém, absolutamente ninguém, saber o que fazer ou como parar. Até que, um belo dia, em 1928, um inglês chamado Alexander Fleming, por acidente, descobriu a penicilina: o primeiro antibiótico. A partir daí, inúmeras pesquisas começaram a ser realizadas para o aperfeiçoamento do antibiótico. Essa, claro,  foi uma descoberta importantíssima para a vida humana. Mas, será que também não foi a porta de entrada para o desenvolvimento das superbactérias?    Ao longo dos anos, as pessoas tem se automedicado cada vez mais: seja para uma simples cefaleia com uma dipirona, ou para uma pneumonia com antibióticos fortes. Há quem diga que a falta de condições para uma consulta de emergência, a influência da indústria farmacêutica sobre a mídia, e vários outros fatos levam as pessoas a automedicação. Porém, esse não é o único fator que causou o surgimento das superbactérias; As bactérias, como os seres mais antigos do planeta Terra, sofreram mutações com o passar das eras: e essas mutações foram uma forma de esses pequenos seres vivos se manterem vivos até os dias de hoje.    Podemos, então, ligar essas duas informações e tirar uma conclusão: a automedicação está intensificando a população das superbactérias, pois, quando você se toma remédios sem prescrições médicas, você não pode prever os efeitos colaterais dessa medicação. Um exemplo: Você sente uma dor de barriga e pensa que é virose, mas, é, na verdade, uma dor no rim. quando você toma o remédio pra virose, a bactéria que causa a dor no rim vai, automaticamente, ficar imune a esse remédio, ele já não fara mais efeito. Biologicamente falando, a bactéria cria uma memória imunitária desse remédio.   E um fato bastante preocupante é que, há 30 anos, os cientistas estão sem descobrir nenhum antibiótico, enquanto as superbactérias apenas aumentam.   Portanto, precisamos achar um meio de reverter esta situação. Uma medida eficaz seria a proibição da venda de  TODOS os remédios( até os mais simples, como uma dipirona) sem prescrição médica. Pois assim, as pessoas iriam ter que ir no médico para saber o que ela tem e o remédio certo para sua doença, diminuindo, assim, a automedicação, e, consequentemente, retardar o desenvolvimento das superbactérias. Isso teria que ser um projeto de lei fortíssimo, junto com  a  distribuição consciente de remédios nos postos de saúde, e claro, a conscientização social sobre o reflexo dos seus atos impensados.