Enviada em: 10/05/2017

Educação é o melhor remédio.  O progresso científico ao longo do Século XX acompanhou desafios na saúde e medicina contra doenças infectocontagiosas, seu grande marco foi a descoberta da penicilina. Entretanto, após a modernização dos meios de comunicação e a industrialização, o uso de medicamentos antibióticos sem prescrição somado a seleção natural ocasionaram infecções bacteriológicas mais severas. Existem leis para inibir o uso sem orientação. Mas, como toda medida profilática, faz-se necessário ações educativas.  O filósofo Gilles Lipovetsky  defende que na era da hipermodernidade há uma intensa preocupação com o futuro com base na observação do presente. Por isso, pesquisas e desenvolvimento de medicamentos são constantemente aprimorados. Porém, o cotidiano caracterizado pela falta de tempo do hiperindivíduo leva-o a consumir, por insegurança, antibióticos, quando sente sua saúde debilitada.  A indústria de medicamentos e sua propaganda nos meios de comunicação também influenciaram a sociedade de consumo em massa no uso indiscriminado de remédios. Embora, já exista regulamentação para esse tipo de publicidade, o costume da automedicação ainda persiste e é a maior causa da seleção natural entre bactérias, o que suscitou a superbactéria.  Além do uso de antibióticos sem prescrição pelo indivíduo, há o uso pela indústria agropecuária para maximizar seus ganhos. Essa prática também ignora os efeitos da seleção natural e sem uma fiscalização adequada gera problemas como a das superbactérias.  Toda questão de saúde está ligada à educação. Portanto, é possível conscientizar a sociedade de consumo sobre os perigos da automedicação usando os meios de comunicação. Ademais, o conteúdo de ciências da natureza na escola pode enfatizar e até multidisciplinar este tema. Dessa forma, em longo prazo, o desenvolvimento de novos antibióticos poderá deixar de ser um dilema.