O uso indiscriminado de medicamentos, é problema comum e recorrente na sociedade brasileira. No caso específico dos antibióticos, reflete diretamente no aumento do número de bactérias resistentes aos mesmos; as "superbactérias". Mas por que isso acontece? Parte da culpa se da pela falta de assistência médica nos hospitais, onde uma grande parte da população ao não conseguirem atendimento, fazem uso dos antibióticos da maneira que achar correta ou da maneira que os atendentes de drogarias lhe indicam. Outro fator contribuinte é a facilidade de acesso aos antibióticos, que mesmo com a RDC 20/2011, que proíbe a venda de medicamentos antimicrobianos sem a retenção de receita médica, não impede que os mesmos sejam adquiridos de maneira facilitada pelos donos de drogarias. O governo deve destinar seus esforços, na contratação de novos médicos para o nível primário de atenção a saúde; onde a maior parte da população busca seu primeiro atendimento médico e ao conseguir atendimento terá orientação e acompanhamento correto do uso dessa classe de medicamento. Deve-se direcionar valores na aquisição de medicamentos para a rede pública de saúde, investir na qualificação dos servidores dessas áreas, para que os mesmos estejam preparados para orientar os usuários de antimicrobianos, a maneira correta de usar e as consequências do mau uso e da interrupção do tratamento. Tudo isso deverá parar os casos de "superbactérias". Em virtude dos fatos mencionados, tudo deve ser feito com uma certa urgência; pois a muito tempo os antimicrobianos são os mesmos e as "superbactérias", vem evoluindo de maneira assustadora. A não mudança da situação atual, poderia resultar em inúmeras doenças antes fáceis de serem combatidas, em casos de extrema urgência e uma consequente devastação mundial.