Enviada em: 15/08/2017

No início do século XX a taxa de mortalidade por doenças infecciosas que tinham como agente etiológico as bactérias era muito alta, no entanto, em 1928 o cientista britânico, Alexandre Fleming, descobriu acidentalmente o que se tornou uma revolução no campo da medicina, os antibióticos. Após quase 90 décadas, bactérias resistentes a esses medicamentos vêm preocupando especialistas e órgãos de saúde de todo o mundo e levantando o questionamento de por que as novas bactérias não são combatidas por esses remédios.              Já em 1859, Charles Darwin em sua obra, a origem das espécies, afirmava que variações de uma mesma espécie são selecionadas e somente as mais aptas e resistentes a viver no meio, alcançariam sucesso reprodutivo. É com base nisto, na sobrevivência desses grupos mais relutantes, que está o surgimento das superbactérias, o mau uso por parte dos pacientes ao longo de décadas é um dos fatores que impulsionaram este aparecimento. Em virtude da falta de informação e da automedicação, a população utiliza o remédio e após qualquer sinal de melhora interrompe o tratamento, proporcionando assim maiores chances de bactérias mais resistentes não terem sido mortas pela pequena dose de antibióticos e terem criado resistência a estes.               Além disso, o setor de produção alimentícia tem usado esse medicamento em grandes escalas para compensar a falta de higiene durante as fases do processo produtivo, o que por conseqüência intensifica ainda mais o surgimento de superbactérias. Somado a isso, tem-se o grande fluxo de pessoas entre os continentes de todo o globo, o que acelera ainda mais a disseminação desses micro organismos, já que estes não estão restritos apenas a ambientes hospitalares como grande parte da população acredita.              Diante do que foi exposto, faz-se necessário esforços de líderes mundias para fiscalizar e implementar leis de controle a distribuição de medicamentos e junto a mídia a realização de campanhas informativas, cabe às iniciativas privadas do setor de produção de alimentos o maior investimento em higiene,cabe também ao próprio indivíduo a mudança de hábitos quanto ao consumo de remédios e a procura de especialistas para maior acesso à informação.