Enviada em: 11/09/2017

É incontrovertível o progresso científico ao longo da história no que tange ao desenvolvimento de novos antibióticos destinados ao combate de doenças que assolam a população. Entretanto, esse progresso tem sido ameaçado pelo surgimento de superbactérias, sendo essas fruto da automedicação sem precedentes. Desta maneira, cabe refletir acerca das causas deste problema e de que modo ele se reflete na sociedade brasileira.  Em primeiro lugar, a indústria farmacêutica atrelada à mídia configuram-se como um propulsor ao consumo de medicamentos sem a devida orientação médica. Prova disso é a difusão de variadas opções de remédios e a facilidade na obtenção dos mesmos, o que torna explícito o caráter capitalista destes setores e sua negligência no que diz respeito à saúde da população.   Em segundo plano, outro fator que contribui para a proliferação das superbactérias é o uso de antibióticos no gado brasileiro. A utilização desses medicamentos para fortalecer animais que são submetidos a condições insalubres de vida insere-os na cadeia alimentar, o que dificulta ainda mais o combate. Por conseguinte, tem-se uma parcela cada vez maior da população afetada pelas superbactérias, seja ao se automedicar ou simplesmente ao se alimentar.  Em vista dos fatos elencados, para que o avanço científico nacional não mais seja ameaçado, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (DIAGRO) deve mostrar-se atuante. Com isso, ao realizar visitas periódicas a propriedades rurais com o intuito de assegurar condições mínimas de saúde e higiene aos animais, o uso de antibióticos não se fará mais necessário. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também possui papel primordial. A regulação e fiscalização das propagandas midiáticas é de suma importância, para que seja obstada a exposição e venda de remédios que contribuem para a ascensão das superbactérias. Assim, poderá ser mantida a ordem e o progresso no combate a quaisquer patógenos que ameacem o solo brasileiro.