Enviada em: 02/10/2017

O mundo caminha para uma era pós-antibiótica    De acordo com um estudo encomendado pelo Governo Britânico e liderado pelo economista Jim O'Neill, no ano de 2016, as superbactérias poderão matar uma pessoa a cada 3 segundos até 2050, se providências não forem tomadas. Esse fato tem como consequência o uso indiscriminado de antibióticos e, também a falta de investimentos da indústria farmacêutica na descoberta de novos antibióticos -o que não acontece há mais de três décadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).     O uso indistinto de medicamentos por pessoas, e também na criação de animais para o abate e consumo -como forma de prevenção as doenças causadas pelas péssimas condições de alguns locais de criação-, são alguns dos motivos que levam muitas bactérias a adquirirem resistência aos antibióticos, como informa a matéria divulgada pelo site da "BBC". Fatores como a falta de higiene hospitalar, também contribuem para esse desenvolvimento.     Segundo o diretor-geral de Segurança da Saúde da OMS, Keiji Fukuda, o mundo está indo em direção a uma era pós-antibiótica,  em que infecções comuns e ferimentos leves, poderão ser mortais novamente. Em 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), detectou aproximadamente 10 mil situações de bactérias resistentes a antibióticos em todo o Brasil.    Por conseguinte, é preciso tomar duas providências. A primeira é criar um fundo mundial de pesquisas para a descoberta de novos antibióticos. Esse fundo terá a colaboração de todos os países que tem vínculo com a Organização das Nações Unidas (ONU), e será administrado pela OMS. A segunda é fazer um campanha internacional de conscientização sobre as consequências da automedicação, que muitos desconhecem, que é levar ao surgimento de superbactérias,  tendo como consequência o retorno de mortes por infecções comuns e ferimentos leves.