De acordo com o jornalista George Bernard, a ciência jamais deixará de criar vários problemas para resolver um só. Desse modo, a existência de superbactérias é um reflexo de um avanço, mas infelizmente, não somente humano. Tal quadro agrava-se de fato,pela automedicação, porém, existem outros paralelos: a falta de informatização acerca do tema e o uso negligente pela agropecuária em diversos países do mundo atual. É preocupante observar a falta de conhecimento básico por boa parte da população referente a este tema. Saber, por exemplo, que as bactérias são seres adaptativos a antibióticos, auxiliaria muito a consciência sobre o risco de automedicar-se. Todavia, isso é fruto de uma ausência de disseminação de informações sobre tal assunto por meios como a mídia e principalmente a educação. Eles deveriam ajudar a formar cidadãos, como na ideia platônica, consumidores do conhecimento e capazes de utilizá-lo. A famosa frase do filósofo Thomas Hobbes que diz que '' O homem é o lobo do próprio homem '' expressa a negligência dos setores legitimados da agropecuária. Estes não são os principais causadores do problema, mas interferem no bem-estar da sociedade em uma grande conjuntura. Isso porque abusam do uso dos antibióticos que alimentarão muitas pessoas e aumentam a perspectiva de ameaça global que é uma forte possibilidade, segundo a OMS ( Organização Mundial da Saúde). Torna-se evidente, portanto, que a automedicação é majoritariamente responsável pelo impasse, mas não exclusivamente. É necessário que órgãos de cunho internacional como a OMS promova campanhas em diversos países para disseminar informações sobre o tema nas mídias e nas redes escolares, elas devem tratar do assunto como saúde pública. É necessário também que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) reforce a fiscalização aos limites do uso de antibióticos nos referentes setores, consolidando uma responsabilidade mútua entre nações contra essa ameaça ao presente e ao futuro da prosperidade humana.